Fonte:http://www.ecycle.com.br/
Garrafas plásticas causam grande
impacto ambiental
A água é uma das mais importantes substâncias
presentes na Terra. Sem água, não haveria vida. Os médicos indicam o consumo
de, no mínimo, dois litros de água por dia para garantir o bom funcionamento do
nosso organismo. Mas de onde vem sua água? Você já parou para pensar nas opções
que faz ao consumir essa preciosa substância, qualidade do líquido e embalagem?
O impacto
ambiental da embalagem
As
garrafas de água, na grande maioria das vezes, são feitas de um tipo específico
de plástico derivado do petróleo chamado politereftalato
de etileno, comumente conhecido como PET. De acordo com matéria publicada na revista National
Geographic, os EUA, maior consumidor mundial de água mineral
engarrafada, supre sua demanda anual com o equivalente a 29 bilhões de garrafas,
para as quais a produção envolve cerca de 17 milhões de barris de petróleo na
manufatura do PET. Uma quantidade considerável, sobretudo ao pensarmos que se
trata de um produto praticamente descartável. Isso mesmo, uma quantidade enorme
de energia envolvida para que utilizemos somente uma vez o produto. De certo
importa as reciclabilidade do material, mas não devemos esquecer o investimento
em energia e logística necessários à reciclagem e, sobretudo, que somente uma
fração do produto acaba sendo reprocessado. Uma enorme quantidade do material
tem como destino os depósitos de lixo e o pior, muitas vezes acabam em rios e
mares.
Saúde do
seres
Ao chegar
ao meio ambiente, principalmente nos oceanos, as garrafas levam aproximadamente
400 anos no processo de degradação. Além disso, acabam transformando-se
em microplástico, pequenas partículas plásticas poluentes e
tóxicas, responsáveis pela morte de milhares de animais (para saber mais sobre
o assunto e sobre o processo de poluição dos oceanos causado pelo descarte
inadequado de produtos feitos de plástico, leia nossa matéria especial sobre o assunto).
O
politereftalato de etileno, como o próprio nome sugere, possui ftalatos em sua
composição. Estudos relacionam este composto químico ao desenvolvimento
de diabetes e obesidade em homens. Esse composto também é
considerado uma fonte de xenoestrogênio, que pode levar ao desenvolvimento de
inúmeros problemas de saúde para as mulheres, como desregulação hormonal e
doenças ovarianas (entre elas: endometriose e síndrome do ovário policístico -
clique aqui e veja mais sobre xenoestrogênios).
Enfrentando
o problema
O IPEA aponta que, no Brasil, entre os anos de 1974 e 2003,
houve um aumento no consumo de água mineral por famílias, de 5.694%. A ideia
seria diminuir o consumo de água engarrafada ao mínimo necessário. De acordo
com o Ministério da Saúde, a Anvisa e as empresas de saneamento estaduais
afirmam que a água que sai da torneira das residências é própria para consumo imediato.
Mesmo assim, o mais indicado para o consumo de água
em casa seria a combinação da filtragem e a não geração de mais lixo, assim
como a precaução contra a possibilidade de exposição da saúde a
riscos desnecessários (potencialmente associados ao consumo de água
engarrafada em embalagens plásticas). Os filtros domésticos são boas opções.
Alguns dos modelos utilizam energia elétrica, mas há outros que não requerem o
consumo de eletricidade.
Dos
filtros não movidos a energia elétrica, uma boa alternativa é o Pure It,
da Unilever, pois além da economia de energia, não exige conexão com a
tubulação e possui, como se espera, tecnologia microbicida eficaz. A
capacidade de filtragem do kit purificador declarada pelo fabricante é de 750
litros. Variações de preços podem ocorrer, mas ao considerarmos o custo do
litro de água engarrafada à razão de 1 real o litro, o valor alcançado no
consumo dos 750 litros será superior a três vezes o valor do aparelho.
O
plástico é um material moderno, flexível, inegavelmente importante para o homem
na sociedade contemporânea. No entanto, se realmente pretendemos caminhar rumo
a uma economia de baixo carbono, racionalização na produção e reprocessamento
de resíduos, faz sentido repensarmos sua utilização, privilegiando
progressivamente sua aplicação no desenvolvimento de produtos de tecnologia de ponta, evitando
cada vez mais produtos descartáveis, sobretudo aqueles não biodegradáveis. Por
uma pegada mais leve, use-o com inteligência e parcimônia e, ao descartá-lo,
caso tenha dificuldades em localizar alternativas para reciclar o material,
conte com nossa busca por postos de descarte aqui.