Ao fazer exercício, organismo
libera substâncias analgésicas no cérebro.
Síndrome não tem cura, mas existem casos em que melhoram com o tempo.
Síndrome não tem cura, mas existem casos em que melhoram com o tempo.
A fibromialgia é uma síndrome que aumenta a sensibilidade
e faz com que o paciente sinta dor em todo o corpo, mesmo sem nenhuma lesão.
Apesar de não ter cura,
esse problema não é fatal e não causa danos às articulações, músculos ou órgãos
internos. Porém, é bastante incômodo e, por isso, a principal recomendação para
aliviar as dores é a prática regular de atividade física, como alertaram o
ginecologista José Bento e o reumatologista Roberto Heymann no
Bem Estar desta quinta-feira (28).
Ao se exercitar, o corpo
libera endorfina e neurotransmissores com ação analgésica no sistema nervoso
central, diminuindo a dor. Além disso, os exercícios ajudam também a melhorar o
sono e o humor do paciente, que normalmente fica alterado por causa da
síndrome. No entanto, os médicos alertam para a importância de realizar uma
avaliação antes de começar uma atividade física, que deve ser individualizada e
prescrita por um médico.
De acordo com o reumatologista Roberto Heymann, os
exercícios aeróbicos no solo, como a caminhada, ou os na piscina são os mais
bem estudados e determinantes na melhora dos sintomas da fibromialgia. Já as
atividades de fortalecimento e alongamento também são eficazes e podem ser
prescritas com segurança para tratar a síndrome.
Os médicos explicaram
que, além da dor no corpo, o paciente com fibromialgia sente também dor ao ser
tocado – seja num abraço ou até numa simples carícia. Fora o toque, a dor pode
piorar também por causa do excesso de esforço físico, estresse emocional,
infecções, exposição ao frio, sono ruim ou também traumas.
Esses traumas,
inclusive, geralmente desencadeiam a fibromialgia, que normalmente começa com
uma dor localizada crônica que acaba se alastrando por todo corpo. Porém, o
motivo pelo qual a pessoa desenvolve a síndrome ainda é desconhecido.
O que se sabe é que há uma relação com a depressão,
apesar dos dois problemas serem condições clínicas totalmente diferentes.
Isso acontece porque o
sentimento negativo do comportamento depressivo influencia na interpretação do
cérebro, o que pode aumentar ainda mais a dor do paciente com fibromialgia –
por isso, quem tem a síndrome e não trata o quadro de depressão pode ter uma
dor muito maior.
Embora não exista cura,
a síndrome não é progressiva, ou seja, pode melhorar com o tempo e até existem
casos em que os sintomas retrocedem quase totalmente. Por isso, o problema não
pode ser considerado uma doença, mas uma condição clínica que exige controle e
acompanhamento médico.
Reumatismo
Os médicos falaram também sobre o reumatismo, termo utilizado para definir doenças reumáticas das articulações, músculos, ligamentos e tendões, comum em pessoas mais velhas, mas que também podem acontecer com jovens.
Os médicos falaram também sobre o reumatismo, termo utilizado para definir doenças reumáticas das articulações, músculos, ligamentos e tendões, comum em pessoas mais velhas, mas que também podem acontecer com jovens.
Segundo o reumatologista
Roberto Heymann, existem mais de duzentos problemas que podem ser designados
pelo reumatismo – os mais conhecidos são a artrite reumatóide e a artrose, que
afetam cartilagens e articulações, causando dor e até deformação ou limitação
dos movimentos.
No caso da artrite
reumatóide, outros órgãos podem se prejudicar, como o pulmão, o coração, os
olhos, os nervos e até o coração.
Apesar de ser um problema logo associado aos mais velhos,
crianças e adolescentes também podem ter, como mostrou a reportagem da Marina
Araújo(veja
no vídeo ao lado). A pequena Kessia descobriu o problema aos 8
anos quando sentiu uma dor no pescoço, assim como a Caroline que também foi
diagnosticada com a artrite aos 9 anos.
Segundo o pediatra e
professor de reumatologia pediátrica Claudio Len, se a criança sentir uma dor
persistente que atrapalha seu dia a dia, ela deve ser levada ao médico. Apesar
de não ter cura, o diagnóstico precoce da artrite reumatóide é importante para
prevenir danos irrecuperáveis na articulação. Com o problema bem controlado, a
criança pode levar uma vida normal, praticando esportes e mantendo uma rotina
saudável.
Já artrose é o desgaste da cartilagem, que pode ser
causado, por exemplo, por uma lesão no ligamento cruzado do joelho, responsável
pela estabilidade do membro. Com a lesão, o joelho fica instável, o que pode
desgastá-lo.
De acordo com o
reumatologista Roberto Heymann, nem toda pessoa com artrose tem que colocar
prótese porque depende da evolução do problema – a prótese costuma ser indicada
quando há perda funcional da articulação dos joelhos e do quadril, ou seja,
quando ela não responde aos tratamentos e deixa de se locomover.